MEGAESÔFAGO OU ACALASIA EM CÃES

Recebi essa semana de diferentes fontes esse VÍDEO,de um cão que utiliza uma cadeira especial para se alimentar com essa descrição : “Sentada em uma cadeira especial, a cachorrinha Bella tem seu próprio estilo para comer. Tudo parece bonitinho, mas na verdade esse charme se deve a um problema conhecido como megaesôfago. A grosso modo, os movimentos do esôfago que deveriam levar a comida para o estômago são ineficientes. Então, a cadela precisa comer sentada para que a comida desça corretamente. Ela tem que ficar na mesma posição por dez minutos.”
Fiquei bastante curiosa para saber mais sôbre megaesôfago /Acalasia em cães,nessa busca encontrei no Blog Skonbull (o qual recomendo uma visita),uma excelente e esclarecedora matéria sobre o assunto em que mostra uma luz no final do túnel para os peludinhos acometidos por este mal …
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Por  Sirley Vieira Velho

O objetivo desse post é tornar público o caso de uma Bulldog Francesa de 19 meses submetida, com sucesso, a uma técnica modificada da cardiomiotomia de Heller. Trata-se do reparo cirúrgico do cardia (esfíncter esofagiano inferior) como tratamento do megaesôfago ou acalasia.
Neste caso específico a eutanásia já havia sido indicada.

Bibi reduzida a pele e ossos três dias após a cirurgia. Aqui ela tinha pouco mais de seis quilos e já havia ganhado peso.



A boa notícia vem para aqueles que possuem um cão acometido  pela enfermidade. 


 A recomendação veterinária para casos graves da doença, até então, era a eutanásia, porém a medicina humana há décadas trata pessoas acometidas por essa condição. Antes que a miotomia fosse praticada em humanos muitos cães foram submetidos a ela com êxito, pobres cobaias.  No entanto livros de medicina veterinária não relatam o fato. Ao contrário disso e estranhamente alguns autores citam até mesmo a ineficácia da técnica quando aplicada em cães.
O megaesôfago é uma doença de causa ainda desconhecida podendo estar associada a outras doenças. Há perda da motilidade ou peristaltismo esofagiano e falência no relaxamento da musculatura do esfíncter ou válvula na transição do esôfago com o estômago (o cardia). Tal condição não permite o trânsito adequado dos alimentos. Eles ficam estagnados no esôfago promovendo sua dilatação progressiva e por consequencia episódios recorrentes de regurgitação, disfagia, emagrecimento e pneumonias aspirativas. Quando não tratado pode levar à inanição, caquexia, desidratação e morte.

Como opção não cirúrgica há a possibilidade de realizar injeção de botóx (toxina botulínica) por via endoscópica na área da transição esôfago-gástrica (cárdia). Esse tratamento é paliativo pois os efeitos da toxina botulínica são degradados e o relaxamento do cárdia deixa de ocorrer em alguns meses. A cirurgia videolaparoscópica, por se tratar de método menos agressivo é praticada em humanos e poderia muito bem ser desenvolvida em cães resultando em recuperação mais precoce.

A cirurgia não é curativa, pois não recupera o peristaltismo esofágico, mas sim irá permitir a continuidade do fluxo dos alimentos. Faz-se necessária a permanência na posição vertical até que o alimento chegue ao estômago. A ação da gravidade passa a ser  fundamental para o trânsito do bolo alimentar. O fato do ortostatismo dos quadrúpedes ser diferente do humano pode ter sido a causa da frustração daqueles autores. A cirurgia garante a chegada do alimento ao estômago mas não dispensa os cuidados posturais e dietéticos.

 Nutición Clínica en Pequeños Animales – 4ª Edición. Hills

Dois amigos cirurgiões, um médico e o outro veterinário, uniram-se em fevereiro de 2010 e realizaram a miotomia, reparo cirúrgico para tratamento do megaesôfago (acalasia) em um cão com sucesso. A paciente foi uma jovem fêmea de Bulldog Frances…
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Não deixe de ler no mesmo link,”a luta e vitória de Bibi e sua família
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